"Não é o quanto fazemos, mas quanto Amor colocamos naquilo que fazemos."
Gramática da fantasia
Gramática da fantasia

Gramática da fantasia

… No «binómio fantástico» as palavras não ficam presas no seu significado quotidiano, são libertadas das cadeias verbais de que habitualmente fazem parte, são «descontextualizadas», «estranhadas», lançadas uma contra a outra sob um céu nunca antes visto.

Então encontram-se nas melhores condições para gerar uma história… «Inventar histórias para crianças e ajudá-las a inventar histórias sozinhas (…) não para que todos se tornem artistas, mas para que ninguém seja escravo.»

Foi esta a intenção de Gianni Rodari, cujo centenário de nascimento se celebrará em 2020, quando escreveu a “Gramática da Fantasia” (1973): uma obra de referência obrigatória para educadores; uma abordagem sem precedentes à pedagogia contemporânea; o legado, em suma, com que transmite a sua ideia revolucionária e libertadora de literatura.

Com este livro, que teve origem num encontro de professores em que Rodari participou em 1972, a convite do Conselho da cidade de Reggio Emilia (Itália), o autor propõe a conversão da palavra em jogo, ao mesmo tempo que revela o processo de escrever histórias para crianças, ajudando-as a inventar novos mundos.

A “Gramática da fantasia” dá assim ao leitor a possibilidade de descobrir que «podemos entrar no mundo real pela porta principal ou – o que é mais divertido ainda – infiltrarmo-nos por um janelo.»

Vocacionada não só para docentes e educadores, mas também para todos aqueles que acreditam que a imaginação deve ocupar um papel importante na educação das crianças! … Nas estruturas da história, a criança contempla as estruturas da sua própria imaginação e, ao mesmo tempo, fabrica-as, construindo um instrumento indispensável para o conhecimento e para o domínio da realidade. A audição é um exercício. A história tem, para elas, a mesma seriedade e veracidade que o jogo: serve para se empenhar, para se conhecer, para se pôr à prova. Por exemplo, enfrentar o medo.

■ Temática: manual de pedagogia.

■ Público-alvo: educadores e docentes.

■ Aspetos a destacar: do autor de “Baralhando histórias”, “Inventando números” e “Contos ao telefone” (Kalandraka); chaves sobre a construção de histórias; conceito do «binómio fantástico».

Capa mole. 13,5 x 20 cm. 260 páginas