Era uma vez um peixe que vivia lá longe no mar azul.
Mas não era um peixe qualquer, não.
Era o peixe mais bonito de todo o oceano. O seu manto de
escamas brilhava com todas as cores do arco-íris.
O brilho das suas escamas iluminava a água sempre que passava,
ao mesmo tempo que chamava a atenção dos outros peixes,
que o admiravam e chamavam para brincarem com ele, apesar
da sua indiferença e vaidade.
Porém, tudo mudou quando o peixe
Arco-Íris negou insultuosamente uma das suas escamas
cintilantes a um peixinho azul que, indignado, foi contar o sucedido
aos seus amigos.
A partir desse momento ninguém quis ter
mais nada a ver com o peixe Arco-Íris e todos lhe viravam
as costas quando se aproximava. Então, ele ficou só e triste.
Aconselhado pela estrela-do-mar, nadou em busca do sábio polvo
Octopus que lhe indicou o remédio para conquistar a amizade
que inicialmente rejeitara,
De facto, não é mais feliz aquele
que resplandece por fora, mas aquele cuja verdadeira beleza vem
de dentro.
A humildade, a generosidade e a bondade são algumas
das chaves da harmonia para nós próprios e para os outros.
Esta obra é um convite para sentirmos algo de especial
interiormente sempre que partilharmos o que temos, tal como
acontecerá no final com o protagonista desta famosa história
aclamada pelo mundo inteiro.
«O peixe Arco-Íris» é um clássico
de 1992 que se mantém tão cintilante como então e que,
pela luminosidade das suas aguarelas, nos transporta para
um fundo marítimo repleto de vida e de um enorme e intenso
colorido.